Calleri, como você pôde fazer isso comigo? Depois de uma noite maravilhosa, depois de ter-me levado ao delírio duas vezes, xingou, esbravejou e saiu da minha noite sem nem se despedir. Sem nem dizer um até logo. Chorei.
Sei que voltará logo. Mas sei, também, que logo irá de uma vez. Trocar-me-á por outro. Mais rico. Claro. Mês que vem? Final do ano? Em breve. Essa é a certeza…
Já estou acostumado. Amoroso, Adriano, Pato, o pegador. Todos esses já me deram grandes alegrias, grandes êxtases. Porém, foi efêmero. Para eles, uma passagem. Para mim, as saudades. A Saudade.
Contrato vitalício, apenas com o patrocinador.
Mas não te culpo. Talvez eu faria o mesmo. Europa, Ferrari, Mônaco. Quem resiste?
Meu consolo? Não só acontece comigo. Adriano já vez isso com inúmeros. Carlito Tevez, o galã, traiu a fiel. Ronaldinho jantava com vários numa mesma semana. Ronaldo jogava nos dois times. A lista é enorme. Assim como a conta.
Bons tempos eram os antigos. Quando o divórcio era mal visto. Desquitado era mal falado. Bem casado era o ideal. Dirceu, Reinaldo, Zico. Só bom de bola. Bons de relacionamento. Você escuta o nome, vislumbra a torcida. Passaram sim algumas férias em além-mar. Mas sempre voltavam para os braços de sua amada. Sempre.
Agora não. Quando volta, está em fim de carreira. O corpo já não é mais o mesmo. A potência não é mais a mesma. Aquele que rejeitou virou preterido. Então acaba voltando. Não porque quer. Porque não tem opção.
A gente também não têm. Temos a ilusão de reviver aqueles momentos mágicos e únicos. Temos a ilusão de sermos felizes novamente. Ilusão.
Azar no jogo, sorte no amor. Felizmente, neste campo, já encontrei a minha Pelé.
Se apegue só na sua Pelé mesmo irmão… Pq no futebol, o casamento já começa pensando no divórcio.. Isso é vantagem !
LikeLiked by 1 person